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sexta-feira, janeiro 07, 2011

Ordem Sigma: Uma Introdução

O Símbolo da Ordem Sigma

Robson Peixoto Ferreira*

O Integralismo é religião?


Companheiros de todo o Brasil.

Todos sabemos do grande esforço que muitos têm empenhado pela causa integralista, bem como igualmente a grande expectativa em torno deste movimento, que já em sua época de novidade e plena atividade, congregou cerca de um milhão de adeptos sob a égide doutrinária: "Deus, Pátria e Família". Sabemos também, que nos dias atuais, devido aos rumos da história, o Integralismo ainda se faz como novidade e assim, não apenas acreditamos em um Brasil melhor, sob a égide já declarada, abraçando o Sigma, símbolo que nos é oferecido como estandarte de uma nova humanidade, como também aceitamos o objetivo de despertar a nossa nação de um sono profundo e sedado pelo sufrágio universal e pela ganância daqueles que supostamente colocamos no poder para nos servir.

É entendido, que temos como objetivo, não apenas lutar ou combater tais engodos, como temos um objetivo ainda maior que é de restaurar, reunir, organizar, edificar, fortalecer e congregar nossos espíritos em UM.

Ainda no medalhão cunhado em razão do jubileu de prata e também no mais recente ao jubileu de diamante, encontram-se as inscrições: "A Mesma Idéia, A Mesma Luta, O Mesmo Chefe", neste conceito, se faz a razão pela qual devemos justificar todas as nossas ações.

O Companheiro Robson Peixoto Ferreira lançando oficialmente a Ordem Sigma durante o "Fórum Integralista Rio 2009" (Janeiro de 2009)

Integralismo não é religião.

Tendo sido a nossa doutrina, tão aprofundada nas questões políticas(Pátria) e não menos interessada nas questões sociais(Família), nos apresentou vastos desenvolvimentos da idéia inicial, no decorrer dos anos que se seguiram ao Manifesto de Outubro de 1932, deixando-se ser sobretudo concebida e em seguida, moldada sob a égide Cristã. Deste mesmo modo, tem-se o Integralismo, desde o princípio, declarado Cristão, não sob alguma ordem religiosa cristã específica, nem mesmo a própria doutrina se faz religião. Não fosse assim, diversos companheiros ao longo da história integralista, não teriam somado forças intelectuais, morais e físicas em prol do Integralismo, independente de sua etnia ou sua religião.

Ainda hoje, como antes já declarado que o Integralismo até aos dias de hoje se faz novidade, vários interessados em nossa doutrina, perguntam sobre a natureza espiritualista do Integralismo. Ora, o Integralismo é cristão em sua base moral e faz-se necessário ao meu ver, que a questão moral se baseie em algum princípio. E ei-lo aí: o pricípio do evangelho de Cristo. Porque o homem se faz pela sua formação e sua formação é corpo, mente e espírito. Sendo assim, é nessesário ao homem se alimentar, não apenas de maneira física, como também de maneira intelectual e também moral. O Integralismo é um movimento social, que diferentemente da maioria dos movimentos sociais e políticos do mundo, adota uma postura espiritualista, isto é: apoia a existência de Deus e confessa a Deus como soberano, deixando livre a consciência particular, é isto.
 
Deste modo, o Integralismo, denomina-se por ser um movimento que atua nas esferas: social, política e espiritual. Não é atoa que adota a tríade: Deus - Pátria - Família.
 
Como é "baseado" na questão moral, social e política, de maneira que não se denomina um movimento religioso, é aberto a todos os interessados em ingressar em sua doutrina, independente do credo que professam.

O Companheiro Robson, ainda durante o Fórum, explicando o que é a Ordem Sigma.
O que é a Ordem Sigma?

A Ordem Sigma, é uma ordem fundamentada na doutrina Integralista, apóia a existência e soberania de Deus, sendo assim, deste mesmo modo, possui todos os valores de ordem social e política e sobre a questão espiritualista, rege-se sob a livre consciência religiosa, tal como o Integralismo o faz com seus integrantes. Foi criada exclusivamente para pertencer ao corpo Integralista, como alternativa espiritualista a seus integrantes, não sendo necessário o desvínculo destes de seu credo religioso particular.


O que a Ordem Sigma pode acrescentar ao Integralismo?

Como sabemos, o Integralismo é amplamente dedicado às questões políticas e socias durante ao longo de sua história e hoje não se faz diferente. Embora tenhamos a percepção soberana de Deus como Integralistas, tendo o Integralismo deixado a mercê de seus integrantes o regimento religioso particular de cada pessoa, não cultivou até onde sabemos atualmente, qualquer organização espiritualista, com o fim de congregar seus integrantes em um só pensamento espiritual. E é justamente a isso que a Ordem Sigma se propõe.

Embora exista a intenção de preencher este campo espiritualista, não existe a pretenção da Ordem Sigma ser a única ordem espiritualista dentro do Integralismo. Como já mencionado, é teor doutrinário desta Ordem, a soberania da vontade divina. Sendo assim, não é correto preciptar-nos a aspectos desconhecidos do campo espiritualista. Tal resposta, virá com o tempo e é claro, confirmações soberanas.

- A Ordem Sigma destina-se a edificação espiritualista do homem-integral e seu desenvolvimento por conseguinte, em todos os campos de seu ser (físico - mental - espiritual).

- Respeitando a consciência espiritualista de cada integrante, afirmamos a existência de Deus, através do estudo da fé e também através do estudo metafísico(o estudo da correlação da energia visível e invisível).

- Além dos diferentes conceitos religiosos que cada integrante possa ter, a Ordem Sigma torna-se como instrumento de coexistência entre integrantes das mais diversas religiões a unirem forças não apenas no campo político ou social no Integralismo, mas ainda, no campo espiritualista. Sendo assim, a manutenção desta Ordem é de suma importância para o homem-integral.

No tocante aos membros da Ordem Sigma, no que difere dos demais Integralistas?

O único aspecto de destaque em relação aos membros da Ordem, é justamente o ponto mais forte desta organização, a saber: a canalização de objetivos em comum, através de práticas metafísicas. Tais objetivos, distinguem-se tanto por serem de ordem particular como do todo. No tocante a estas coisas, tomemos como exemplo práticas metafísicas ao auxílio particular, seja no campo da saúde, do trabalho, dos relacionamentos, etc. No tocante aos objetivos em comum, tomemos como exemplo a prática metafísica pelos objetivos de ordem política do Integralismo.

- Qualquer objetivo declarado a ser alcançado sob a Ordem Sigma, estará a par de ao menos 2 integrantes com número ilimitado a partir de um único objetivo. Sendo desta maneira, a Ordem Sigma, se caracteriza por ser uma organização em prol do homem-integral e do Integralismo, sendo esta então, constituída por instruções e ensinamentos distintos.

O que é necessário para integrar a Ordem Sigma?


Faz-se necessário para integrar esta Ordem:

- Ser integralista

Tal declaração poderá ser confirmada, mediante indicação de um integralista já reconhecido pela Ordem, ou ainda, mediante a apresentação de documento que ateste a filiação em alguma organização integralista também reconhecida.

Atualmente, a Ordem Sigma, funciona sob os cuidados do NIERJ/FIB-RJ, sendo assim, tal reconhecimento pelo NIERJ/FIB-RJ de uma consciência integralista por parte do requerente, já basta para este poder iniciar seus estudos da organização.

- Participar dos estudos oferecidos pela Ordem.

Para requerentes de outras localidades, faz-se necessário adquirir um curso para o entendimento abrangente ao que a Ordem concerne. Da mesma maneira, faz-se necessário o reconhecimento da consciência integralista do requerente, mediante testemunho explícito de outro integralista, seja pessoalmente, ou a distância.

- Da confirmação.

A confirmação do requerente como membro desta Ordem, se dará mediante declaração escrita ou verbal do mesmo, dirigida pelo Conselheiro (tutor). Tão logo confirmada a declaração do requerente, este será reconhecido como membro da Ordem.

A Frente Integralista Brasileira e a Ordem Sigma

A todo membro da Ordem, faz-se necessário saber que a Ordem Sigma, encontra-se à dispodição da Frente Integralista Brasileira, velando por seus programas e objetivos, direta ou indiretamente. Entretanto, não é da competência da Ordem Sigma, a filiação a Frente Integralista Brasileira de seus membros, sendo esta responsabilidade exclusiva do requerente. Deste modo, tendo-se declarado a Ordem Sigma a disposição da FIB, entende-se que qualquer um que coopera com a Ordem, estará cooperando de modo direto(sob filiação) ou de modo indireto com a Frente Integralista Brasileira.

O Companheiro Robson participando do Fórum.
*Σ - Rio de Janeiro (RJ). Secretário Estadual de Finanças dos Núcleos Integralistas do Estado do Rio de Janeiro - NIERJ.

domingo, agosto 08, 2010

O Integralismo e os pseudo-Integralismos*

Sérgio de Vasconcellos**.

Companheiros.

Em 2005 lancei uma “Carta Aberta aos Integralistas”, onde manifestava minha preocupação sobre um pseudo-Integralismo, denunciando-o como uma proposital adulteração da nossa Doutrina. Se aquele pretenso Integralismo hoje está praticamente extinto, nem por isso outros pseudo-Integralismos deixaram de rondar e conspirar contra a Unidade Doutrinária do Movimento Integralista. Assim, para que os Companheiros ainda neófitos possam saber distinguir perfeitamente o verdadeiro Integralismo dos Integralismos falsificados e mesmo aquilatar o grau de periculosidade de tais falsificações, resolvi alinhavar as considerações a seguir.

Σ

O Integralismo tem uma concepção própria do Universo e do Homem, exposta por Plínio Salgado, e sobre a qual toda a Doutrina Integralista está construída. Uma pessoa ou movimento que se diga Integralista, mas espose uma outra concepção, em geral apontada como “nova concepção Integralista”, produto de uma renovação, de uma revisão da nossa Doutrina, deve ser logo rejeitada. Ora, se não é a mesma concepção do mundo proposta por Plínio Salgado, desde o Manifesto de Outubro, e sustentada por todos os demais Teóricos Integralistas, nos 76 anos de existência do Integralismo, então, logicamente, NÃO É INTEGRALISMO!

Vejamos o que o Chefe Nacional nos diz a respeito:

“(...)o Manifesto de Outubro contém uma parte essencial imutável e UMA PARTE ACIDENTAL SUJEITA A MODIFICAÇÕES IMPOSTAS PELAS CIRCUNSTÂNCIAS HISTÓRICAS SUPERVENIENTES...”.

Frisemos, uma parte “ESSENCIAL IMUTÁVEL” e outra “SUJEITA A MODIFICAÇÕES”. Mas, o que seria a parte “essencial imutável”? E a parte mutável o que seria? O Chefe, no mesmo parágrafo vai nos responder: A parte ESSENCIAL IMUTÁVEL é “uma orientação filosófica”; e a parte mutável, “(...)as soluções práticas do problema do Estado, e mais ainda, o programa de ação(...)”. E o próprio Plínio Salgado, no parágrafo seguinte é de clareza meridiana:

“A parte essencial do Manifesto conserva-se até hoje intangível; mas conquanto trouxesse, naquele documento, firmes e nítidos lineamentos acerca da concepção do Universo, do Homem, dos Grupos Naturais, da Sociedade, da Nação e do Estado, não ia além das afirmações categóricas a respeito desses temas, deixando para que, em outros documentos e estudos, se desenvolvessem, de modo mais completo, mais preciso e mais claro, as idéias então lançadas como indicações de rumos.
“Essa clarificação das idéias fundamentais do Manifesto de Outubro foi realizada em documentos posteriores,(...)”.(“O Integralismo na Vida Brasileira”, págs. 21 e 22).

Portanto, é uma pretensão descabida essa de “atualizar” a nossa Doutrina, pois, o Chefe já previra a necessidade de modificações na parte acidental, e, por outro lado, afirmara peremptoriamente que a Doutrina em si, é IMUTÁVEL e INTANGÍVEL. E, não querendo alongar-me inconvenientemente, sugiro aos que desejarem eliminar definitivamente qualquer dúvida, que leiam o Capítulo “Doutrina e Programa”, págs. 163 e segs. de “O Integralismo na Vida Brasileira”, onde o Chefe esmiuça a questão.


Σ

Um ponto crucial que parece incomodar bastante os pseudo-Integralistas é a posição de Deus na nossa Doutrina: Desde os nietzscheanos, passando pelos cientificistas e chegando aos pseudo-tradicionalistas, todos, enfim, querem que o nosso Movimento altere a Doutrina, seja tornando-a antropocêntrica, seja tornando-a cientificista, seja tornando-a confessional.

O cientificismo é uma ideologia surgida no Século XIX e que atualmente permeia até os pensamentos mais prosaicos... O Integralismo sempre criticou essa atitude intelectual que quer submeter a Religião e a Filosofia aos ditames da Ciência, pois, essa, com suas teorias sempre transitórias, não pode servir de critério à Verdade. Portanto, tentar provar a existência de Deus ou alicerçar a Fé na Ciência, não faz o menor sentido à luz do Integralismo. Querer embasar o sólido (o Espiritualismo) no transitório (a Ciência) é inaceitável pelo Integralismo.

O Integralismo é uma Frente Ampla Espiritualista contra o Materialismo avassalador do Mundo Contemporâneo. Coerentemente com uma tal proposta, o Integralismo não ultrapassa os seus limites fazendo definições de caráter Teológico. Cabe a cada Religião instruir os seus seguidores. O Integralismo apenas afirma certas verdades indiscutíveis: A existência de Deus, a intervenção providencial de Deus na História, a Imortalidade da Alma Humana, mas, não cogita de ensinar Religião a ninguém – aliás, na antiga A.I.B. era terminantemente proibido discutir Religião -, nem define dogmas religiosos. Vou dar exemplo prático: Nós, Integralistas, afirmamos a Imortalidade da Alma, mas, qual o destino imediato da Alma após a morte - se vai para o Céu ou Purgatório ou Inferno(Católicos), se vai para o Inferno ou Céu(Protestantes), se fica “adormecida” até o Dia do Juízo Final(certas denominações Protestantes), se vai Reencarnar ou partir para outros Planos de Existência (Espiritismo, Esoterismo, Religiões Orientais) ou qualquer outro -, não é matéria de definição Doutrinária Integralista. Cada um de nós, segue aquilo que nos ensina a nossa Religião acerca de Deus e da Imortalidade da Alma, e podemos pertencer ao Integralismo sem qualquer conflito de consciência, exatamente porque a Doutrina Integralista limitou-se apenas a sustentar a existência de Deus e a Imortalidade da Alma, sem entrar em definições de caráter religioso.

Quanto ao antropocentrismo, nenhuma relação pode ter com o Integralismo, pois, como diz Plínio Salgado: “O Homem não pode procurar alicerce em si mesmo, porque o seu alicerce único só pode ser Deus” (“O Ritmo da História”, pág. 66). Contrapondo-se a ideologia antropêntrica e individualista da burguesia, que pode ser resumida na máxima do velho Protágoras, “o homem é a medida de todas as coisas”, o Chefe Nacional Plínio Salgado afirmará, para escândalo geral dos materialistas, “Deus é a medida do Homem” (“Primeiro, Cristo!”, pág. 36). Assim, é impossível um Integralismo antropocêntrico: O Integralismo é Teocêntrico.

Todas essas tentativas e propostas de mudança no próprio cerne da nossa Doutrina, são formas sutis de dar combate ao Integralismo, evitando-se o confronto direto, que certamente suscitaria o interesse de muitos sobre o Integralismo. Ora, se tais adulterações fossem acolhidas, o Movimento se descaracterizaria, esvaziando-se como Idéia-Força, enfraquecendo-se até desaparecer silenciosamente no esquecimento completo. Tal estratégia não é nova e vem sendo aplicada com sucesso pelos Inimigos do Gênero Humano em diversas frentes de luta. Eis alguns exemplos: O Natal, a festa magna da Cristandade, foi transformado por empresários anti-Cristãos e gananciosos numa data em que as pessoas trocam presentes, esquecidas do Natalício de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas, concentradas na imagem de Papai Noel e o seu saco de presentes... O Apóstolo São Paulo disse-nos que, se Nosso Senhor Jesus Cristo não ressuscitou, a Fé é vã, pois bem, empresários gananciosos e anti-Cristãos, espertamente, ao invés de tentarem combater a historicidade da Ressurreição, encontraram um jeito de apagá-la dos corações e das mentes, transformando a Páscoa, festa em que se comemora a Ressurreição do Salvador, numa data em que são presenteados ovos de chocolate e em que a presença de Nosso Senhor é substituída por um coelhinho... O mundo debate-se com o grave problema da degradação ambiental do planeta, pois bem, empresários gananciosos e anti-Cristãos, os verdadeiros responsáveis pela poluição global, criaram e financiam várias ONG’s, dedicadas a alertar à Humanidade do grave problema, principalmente nos Países do chamado 3º Mundo, onde se instalam e passam a vigiar e monitorar todas as iniciativas que signifiquem o desenvolvimento econômico, sempre denunciadas como poluidoras...

Σ

Mas, não apenas adulteram as Bases do Pensamento Integralista, os Pseudo-Integralistas, pois, outra característica dos mesmos é o menosprezo à Teoria e uma supervalorização da Prática: “Ninguém aprende nada nos Livros”, “o Integralismo foi e deve voltar a ser movimento de massa”, “Integralismo se faz na rua, marchando, queimando bandeiras adversárias”, etc. Essa é a mentalidade que tratam de criar nos jovens que se aproximam dos movimentos pseudo-Integralistas, engajando-os em todo tipo de atividades, e afastando-os da autêntica Doutrina Integralista, que é substituída por palavras de ordem, textos motivacionais e outras bobagens. Evidentemente, nada disso tem qualquer relação com o genuíno Integralismo.

O Integralismo não é primeiro “práxis” e depois Teoria. Essa é uma concepção marxista, não de Plínio Salgado.

Vejamos o Pensamento do Chefe Nacional Plínio Salgado sobre o assunto:

"Mensagem às Pedras do Deserto": "Uma idéia SÓ se combate com outra IDÉIA; uma mística com outra mística: uma doutrina com OUTRA DOUTRINA; uma técnica com outra técnica; uma esperança com outra esperança"(pág. 113).

"Em conclusão, o combate ao comunismo se faz nos DOMÍNIOS DO PENSAMENTO E DO SENTIMENTO. E essa batalha à de se ferir VIGOROSAMENTE COM AS ARMAS DA LÓGICA e com O DESFRALDAR DE UMA BANDEIRA que fascine as multidões e as arrebate para os grandes ideais"(p. 116).

As etapas são claras: Primeiro cria-se uma Doutrina, em seguida uma mística, para posteriormente criar o movimento de massas.

"A Quarta Humanidade": "O movimento integralista brasileiro é um movimento DE CULTURA que abrange:
"1º) - Uma revisão geral das filosofias dominantes até o começo deste século e, consequentemente, das ciências sociais, econômicas e políticas;
"2º) - A criação de um pensamento novo, baseado na síntese dos conhecimentos que nos legou, parceladamente, o século passado."(p.87)
"Trata-se, portanto, de um movimento original, genuinamente brasileiro, com uma própria filosofia, um nítido senso destacado na confusão do mundo contemporâneo."(p. 88)
"A FORMAÇÃO DAS ELITES DIRIGENTES É O ESCOPO DA PRIMEIRA FASE DESTA CAMPANHA. Ela deve firmar certos princípios, que servirão de base à nossa consideração do mundo e dos fenômenos sociais.
"Ao mesmo tempo que as linhas gerais do pensamento novo forem se cristalizando nessa corrente de espíritos livres e fortes, DEVEMOS IR FORMANDO A NOVA CONSCIÊNCIA DAS MASSAS POPULARES, PELA DIVULGAÇÃO DOS CONCEITOS MAIS ELEMENTARES, EM FORMAS SIMPLES E ACESSÍVEIS. Dessa maneira, chegaremos à fixação de ideais definidos, num povo disciplinado e consciente de seu destino.
"A MOBILIZAÇÃO DE PENSADORES, ESTUDIOSOS, INTELECTUAIS, É CONDIÇÃO FUNDAMENTAL DO ÊXITO DESTA CAMPANHA. SÃO ELES QUE DEVEM TRANSMITIR AO POVO O CONCEITO SERENO DA VERDADE."(ps.89 e 90)

Não se trata de sair deitando falação histérica e ridícula. Mas, de formar líderes, mobilizar pensadores, estudiosos e intelectuais, para com eles conquistar a massa.

"Despertemos a Nação: "A alma de um povo se desperta pela PROPAGANDA DAS IDÉIAS SADIAS, generosas, de coragem, de força, de ambição nacional, em contraposição ao passivismo desvirilizante, a gangrena das negações e o cancro do materialismo.
"A alma de um povo SÓ se desperta na batalha, na TREMENDA BATALHA DAS IDÉIAS, que fustiga as energias em abandono e muda a atitude da Pátria, forçando-a a erguer a cabeça e a caminhar na História"(ps. 198 e 199).

Idéias sadias! Batalha das Idéias, e não ficar bancando o valentão no meio da rua.

"O Integralismo na Vida Brasileira": "O Integralismo é doutrina que correlaciona os fenômenos e procura deduzir as soluções particulares da solução geral do problema nacional e humano.
"É UMA FILOSOFIA E UM MÉTODO" (ps. 30 e 31).

Deixemos claro um ponto: Em momento algum afirmo que a antiga Acção Integralista Brasileira não fora um movimento de massa ou que o Integralismo não deva tornar a sê-lo no futuro. O que afirmo é: ESTÁ ERRADO quem disser que o Integralismo é ANTES DE TUDO movimento de massa.

Mas, prossigamos com a desconstrução dos sofismas dos pseudo-Integralistas, através do exame do Pensamento de Plínio Salgado, tendo sempre em mente que quando lemos um livro, devemos interagir com a obra, pensar, refletir, raciocinar sobre o que estamos lendo, buscando entender o que o Escritor está nos dizendo, e em hipótese alguma torcer o pensamento do Autor, numa tentativa intelectualmente desonesta de faze-lo dizer algo que ele nunca disse.

"Mensagem às pedras do Deserto” (págs. 8 e 9): "Este livro, portanto, é dedicado aos loucos. (...)
“Aos que gastam os últimos níqueis, imprimindo livros e folhetos esclarecedores.
“Aos que sustentam jornais deficitários, em cujas colunas os comerciantes e industriais não comparecem com seus anúncios, receando a represália dos comunistas, cuja existência, como perigo, eles contraditoriamente negam.
“Aos que andam, de cidade em cidade, falando ao povo, uma vez que não podem dispor de recursos para falar pelo rádio.
“Aos que tentam organizar em meio à indiferença geral, algo que possa constituir o núcleo da resistência nacional na hora da catástrofe".

O que deduz um leitor inteligente quando o Chefe fala em imprimir "livros e folhetos esclarecedores"? Que alguém, ANTES, PENSOU E ESCREVEU os ditos folhetos e livros, isto é, que o pensamento doutrinário antecedeu a ação. O que um leitor inteligente deduz quando o Chefe fala em "andar de cidade em cidade falando ao povo"? Que alguém, ANTES DE FALAR alguma coisa ao povo, PENSOU MADURAMENTE no que ia dizer, isto é, que o pensamento doutrinário antecedeu à ação.

“Páginas de Combate”: “Acentuando a observação de Saint Hillaire, eu avisei aos primeiros integralistas que nesse tempo se alistavam na Sociedade de Estudos Políticos, onde eu pacientemente depurava, escolhia os homens capazes de resistir à dureza das longas etapas de um trabalho exaustivo, que eu proporia às Novas Gerações, eu avisei a todos que a marcha integralista não se faria com rapidez e sofreguidão” (pág. 86).

O que um leitor inteligente deduz sobre a natureza do trabalho exaustivo proposto pelo Chefe aos aderentes da Sociedade de ESTUDOS Políticos? Quebrar pedra em alguma pedreira? Estiva no cais do porto? Estudar? Sim, estudar é o que se faz numa sociedade de estudos... E estudar exaustivamente, pois, o estudo e o PREPARO devem anteceder a ação.

“Despertemos a Nação!”: "A alma de um povo só se desperta com coragem, com fé, com energia, numa arregimentação contínua, em permanente doutrinação, em disciplina perfeita, em esperança renovada, em sugestão espiritual, em excitação de brios, em combate sem tréguas contra os entorpecentes liberais (...)”(pág. 198).

O que um leitor inteligente deduz quando o Chefe fala em "doutrinação permanente"? Que alguém, ANTES, CRIOU UMA DOUTRINA, isto é, que o pensamento doutrinário antecedeu a ação. E da citação de “Despertemos a Nação!”, que fizemos mais acima, o que um leitor inteligente deduz quando o Chefe fala em "propaganda das idéias sadias"? Que alguém, ANTES DE LANÇAR-SE À PROPAGANDA, ELABOROU AS IDÉIAS SADIAS a serem difundidas, isto é, que o pensamento doutrinário antecedeu a ação.

Utilizei-me apenas de alguns trechos transcritos, e poderia multiplicá-los, não só citando o Chefe Nacional, mas, também, Gustavo Barroso, Miguel Reale, Madeira de Freitas, Tasso da Silveira, Custódio Viveiros, Osvaldo Gouveia, Ovídio Cunha, Machado Paupério, Rocha Moreira, Wenceslau Jr., Ferdinando Martino Filho, Câmara Cascudo, Olympio Mourão Filho, Jaime Regalo Pereira, Beneval de Oliveira, Jaime Ferreira da Silva, Raimundo Padilha, Cotrin Neto e tantos e tantos outros Doutrinadores do Sigma.

É um grave erro filosófico dar primazia à ação em detrimento da teoria, e tal erro só pode ser um ranço de esquerda, pois, no Integralismo, tal concepção equivocada jamais foi defendida.

Evidentemente, o erro oposto, reduzir-se o Movimento as dimensões de uma tertúlia literária, sem qualquer comprometimento político, numa total desvinculação com a nossa História, ou seja, apenas teoria e nenhuma prática seria um erro ainda pior. Mas, felizmente, ninguém defende essa opinião esdrúxula.

A posição do Integralismo é perfeitamente caracterizada pelo Chefe Nacional Plínio Salgado no “Código de Ética do Estudante”:

“XXIV - Sê um homem de pensamento, mas sê um homem de ação. 0 pensamento para transformar-se em ação precisa, primeiro, transformar-se em sentimento. Idéia que não é sentida é idéia morta. A ação é forma objetiva de idéias vivas, oriundas de realidades e criadoras de novas realidades. Cultiva o ideal, mas sê realista.”

E mais:

“XL - Se és incapaz de sonhar, nasceste velho; se o teu sonho te impede de agir segundo as realidades, nasceste inútil; se porém, sabes transformar sonhos em realidades e tocar as realidades que encontras com a luz do teu sonho, então serás grande na tua Pátria e a tua Pátria será grande em ti.”

Enfim, para deixar claro o que Plínio Salgado pensa desses movimentos que arrastam os jovens para um suposto Integralismo na “prática diária”, com prejuízo da formação intelectual e moral de tais jovens, transcrevo dois trechos de “A Verdadeira Missão da Juventude”, do livro “Reconstrução do Homem”:

“A Mocidade não se prepara nas ruas, no fragor das batalhas transitórias. Lançar os jovens nas empresas de demolição do Mal, sem a iniciação prévia na ciência e na arte de construir o Bem, será desviá-los de um destino superior. As mais belas campanhas, se resultantes do improviso, hão de ser, inevitavelmente, como estrondo das ondas na superfície do mar. As ondas facilmente se deixam levar pelo magnetismo da lua ou pelos ventos inconstantes que sopram em todas as direções. Só as águas profundas resistem. Só elas trazem consigo as potências da irredutibilidade.

“A irredutibilidade no Homem é a estrutura do caráter. O caráter se forja pelo concurso de três elementos: Personalidade, Cultura e Educação. Desenvolver a personalidade, enriquece-la pela cultura, dar-lhe ritmo pela formação moral e espiritual - eis o que nos cumpre quando nos entregamos no magistério da palavra esclarecedora e da ação criadora, no esforço de suscitar o advento de grandes homens para a Pátria”.

E adiante, o Chefe insiste:

“A iniciação dos espíritos jovens exige trabalho metódico, sistemático. Repele o "dispersivo" para se ater ao "reflexivo". Evita o "extenso" para que predomine o "intenso". E não se entrega à exteriorização sem precede-la de longos dias de interiorização.

“O jovem deve construir-se primeiro, para depois pensar em construir a sociedade. A autoconstrução não se faz nas praças públicas nem no fragor das manifestações coletivas; pelo contrário, forja-se no estudo, na meditação, na discussão, na troca de idéias” (Págs. 105, 106 e 107)

Portanto, Companheiros, que todos saibam: Qualquer dito ‘Integralismo’ que discrepe do que afirmamos, não é autêntico Integralismo, mas, um pseudo-Integralismo, um falso Integralismo que quase sempre mascara um anti-Integralismo militante. Terminando, faço minhas estas palavras de Gustavo Barroso em “Espírito do Século”, págs. 21 e 22:

“Entretanto, devemos estar sempre vigilantes contra a infiltração de elementos que pretendam mudar os rumos do nosso movimento ou realizar suas ambições pessoais à sombra de nossa bandeira. Para isso, a melhor defesa é aquela intolerância e intransigência em matéria de doutrina e de disciplina. Porque os homens passam e variam ao sabor dos fatos, dos interesses e das circunstâncias, e a doutrina se mantém inalterável, nos seus pontos básicos, através dos séculos. E só uma doutrina assim pode conservar unidos os homens, cujas tendências naturais são para a divisão e a contradição.

“Se o Integralismo defender dia e noite a sua doutrina de qualquer modificação por mais ligeira que pareça, poderá zombar de todas as tentativas de elementos infiltrados para destruí-lo. (...) Toda e qualquer tentativa esbarrará nesse muro de aço. Os insinceros ou se encolherão ou irão embora. Os sinceros mostrarão que criaram alma nova (...).

Σ

Anauê!

BIBLIOGRAFIA:
Gustavo Barroso – “Espírito do Século XX”. 1ª edição. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1936. 290 págs.

Plínio Salgado - "Mensagem às Pedras do Deserto". 1ª edição. Rio de Janeiro, Livraria Clássica Brasileira, s/d - 139 págs.

Plínio Salgado - "O Integralismo na Vida Brasileira". Rio de Janeiro, Livraria Clássica Brasileira/Edições GRD - s/d - 269 págs.

Plínio Salgado - “O Ritmo da História”. 2ª edição. Rio de Janeiro. Livraria Clássica Brasileira, s/data. 287 págs.

Plínio Salgado – “Reconstrução do Homem”. 1ª edição. Rio de Janeiro. Livraria Clássica Brasileira, s/data. 201 págs.

Plínio Salgado – “A Quarta Humanidade”. 1ª edição. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio, 1934, 191 págs.

Plínio Salgado - "Despertemos a Nação!". 1ª edição. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1935, 204 págs.

Plínio Salgado - “Páginas de Combate”. 1ª edição. Rio de Janeiro. Livraria H. Antunes. 1937. 189 págs.

Plínio Salgado - “Primeiro, Cristo!”. 1ª edição. Porto. Livraria Figueirinhas. 1946. 189 págs.

* Lido no dia 23 de Janeiro de 2009, durante o “Fórum Integralista Rio 2009”.

** Σ . Comerciante, Rio de Janeiro (RJ).

sexta-feira, janeiro 30, 2009

 MANIFESTO DA GUANABARA.

O Companheiro Victor Emanuel lendo o Manifesto durante o 3º Congresso Nacional da F.I.B.
Breve Histórico: Durante os dias 22, 23, 24 e 25 de Janeiro de 2009 realizou-se o Fórum Integralista Rio 2009, em que foram discutidosos problemas nacionais e as respectivas soluções Integralistas. Como ponto alto do Magna Encontro, foi amplamente debatido e aprovado pelo Plenário do 3º Congresso Nacional da Frente Integralista Brasileira (F.I.B.) - que reuniu-se sob a Presidência do Companheiro Marcelo Silveira no dia 24 de Janeiro -, o Manifesto da Guanabara, redigido pelo Secretário Nacional de Doutrina e Estudos da F.I.B., o Companheiro Victor Emanuel Vilela Barbuy. No dia 25 de Janeiro de 2009, às 11h30min., no Largo do Paço, diante do Monumento ao General Osório, o próprio Companheiro Victor Emanuel leu o Manifesto, lançando-o publicamente. Terminada a leitura, aplausos e Anauês saudaram o Manifesto e seu Autor. A seguir, a íntegra do Documento:
MANIFESTO DA GUANABARA.
Preâmbulo

Nós, os soldados de Deus e da Pátria, reunidos no Largo do Paço, nesta histórica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, nesta data natalícia da igualmente histórica cidade de São Paulo do Campo de Piratininga, sob as bençãos de Deus, realidade primordial, suprema e absoluta, e em nome Deste, da Pátria e da Família, lançamos o presente manifesto, sabendo que de nosso triunfo ou derrota dependerá o triunfo ou derrota do Brasil e de que moralmente a vitória já é nossa.

Introdução

Art. 1° - O Integralismo é uma Doutrina que, por Deus, Ser Supremo e Absoluto, pela Pátria, Terra dos Pais, que é também nossa e de nossos filhos nascidos ou por nascer, e pela Família, cellula mater da Sociedade, compreende o Universo de um modo integral, pretendendo edificar o Novo Estado, a Nova Sociedade e a Nova Civilização de acordo com a hierarquia de seus valores espirituais e materiais, segundo as leis que regem seus movimentos e sob dependência de Deus, que criou o Homem à sua imagem e semelhança, lhe conferindo uma destinação superior, um destino transcendente.
Parágrafo único: A hierarquia supracitada, em que se fundam o princípio e o exercício da Autoridade, faz prevalecer o Espiritual sobre o Moral, o Moral sobre o Social, o Social sobre o Nacional e, por derradeiro, o Nacional sobre o Particular.
Art. 2º - O Integralismo é um movimento cívico-político que tem por objetivos a felicidade do povo brasileiro, a Justiça Social, a grandeza da Nação, que deve ser redimida e reconduzida à marcha de seu destino histórico, a edificação de um Estado Ético e de uma Democracia Integral e a criação de uma Ordem Jurídica que - emanada da íntima essência nacional, da Tradição e do Passado Integral da Nação, refletindo, pois, o Brasil real, profundo e autêntico – concretize as normas do Direito Natural, levando sempre em conta as circunstâncias de tempo e de lugar.
Art. 3º - O Integralismo, não defendendo expressamente nem a Monarquia e nem a República e reunindo tanto monarquistas quanto republicanos, não é um sistema de governo e sim um regime, podendo ser implantado tanto numa Monarquia quanto numa República.
Parágrafo único: O Integralismo edificará uma Democracia Integral, que poderá ser coroada ou não, de acordo com a vontade consciente do povo brasileiro.
Art. 4º - Não é possível que haja um Novo Estado, uma Nova Sociedade ou uma Nova Civilzação sem que haja um Novo Homem, sendo em razão disto que o Integralismo prega a Revolução Interior, Revolução do Espírito, mudança de atitude em face da realidade e dos problemas, que necessariamente deve anteceder à Revolução Exterior, Revolução das Instituições, que não pode em hipótese alguma violar a Liberdade, a Integridade e a Intangibilidade da Pessoa Humana, de seu livre-arbítrio e dos Grupos Naturais a que esta pertence e nos quais melhor exerce seus direitos e cumpre seus deveres em face da Sociedade, da Pátria e da Família.


Capítulo I: Da Religião


Art. 5º - O Integralismo é um movimento espiritualista, afirmando a imortalidade do espírito e o amor a Deus e à Pátria Celestial acima de todas as coisas.
Art. 6º - O Integralismo é uma frente ampla espiritualista, reunindo pessoas de todos os credos irmanadas na luta contra o materialismo grosseiro e avassalador, tanto em sua face liberal quanto em sua face comunista.
Art. 7º - O Integralismo se propõe a respeitar a liberdade de culto, desde que o culto não constitua uma afronta à Moral, à Ética e aos Bons Costumes ou uma ameaça à Segurança Nacional, defendendo, em matéria de cooperação religiosa, o regime de Concordata, sem prejuízo da autonomia das partes e visando sempre a grandeza e a felicidade da Nação dentro de suas bases cristãs, do ideal cristão sob cujo signo nasceu e floresceu nossa Sociedade.

Capítulo II: Da Pessoa Humana e de seus Deveres e Direitos Naturais

Art. 8º - A Pessoa Humana, substância individual de natureza racional criada por Deus à sua imagem e semelhança, possui um espírito imortal, dotado de inteligência e de livre-arbítrio, devendo encontrar nos Grupos Naturais e no Estado os meios de melhor cumprir seus deveres e de melhor exercer seus direitos, de acordo com sua natureza transcendente.
Art. 9º - O Ente Humano, que tem o mister de praticar, em sua marcha sobre a Terra, as virtudes que o enobrecem, não deve ter seu valor medido pelos bens que possui ou pela classe social ou etnia a que pertence, mas sim por suas virtudes morais, éticas e cívicas e pelo trabalho por ele exercido em benefício do Bem Comum, compreendido este como o conjunto de condições externas adequadas a permitir o integral desenvolvimento do Homem e dos Grupos Naturais.
Art. 10º - O Ser Humano, que deve ter sua Integridade, sua Dignidade, sua Intangibilidade e sua Liberdade respeitadas pelo Estado, é dotado de Direitos Naturais impostergáveis, sagrados e invioláveis, tais como:
I – O Direito à Vida, desde a concepção até à morte natural;
II – O Direito à Liberdade, desde que usada para o bem;
III – O Direito ao Trabalho, direito de cumprir um dever social e humano, remunerado de forma justa, de modo que o trabalhador progrida e se desenvolva moral, ética, mental, social, política e economicamente;
IV – O Direito à Associação, isto é, o direito de se unir a outras pessoas para formar associações autônomas de ordem cultural, científica, social, econômica, profissional ou recreativa, com o fim de proteger os interesses de seus membros e de fortalecer o Bem Comum;
V – O Direito à Religião, direito de cumprir seu dever de confessar a Deus e de prestar-Lhe culto público e privado;
VI – O Direito à Propriedade, dentro dos limites impostos pelo Bem Comum, ou seja, o Direito de Propriedade exercido de modo justo, em proveito de toda a Sociedade;
VII – O Direito de constituir Família por meio do matrimônio e de organizá-la;
VIII – O Direito à Educação Integral, isto é, à formação física, intelectual, ética, moral, cívica e religiosa.

Capítulo III: Do Direito Natural e do Direito Positivo

Art. 11 – O Ente Humano, na esfera de suas aspirações intelectuais, morais e materiais, possui, como vimos, Direitos Naturais decorrentes de sua própria essência e não do Estado, que tem, com efeito, o dever de respeitá-los.
Art. 12 – A Doutrina do Sigma defende o Direito Natural clássico, concreto e autêntico, opondo-se tanto ao Direito Natural laicizante, abstrato e inautêntico do “Iluminismo” quanto ao estatalismo moral-ético-jurídico caracterizado pela crença de que o Estado é a fonte única e exclusiva da Moral, da Ética e do Direito.
Art. 13 – O Direito Natural clássico tem suas bases assentadas sobre a tradição formada pelos filósofos da Grécia, pelos jurisconsultos de Roma e pelos teólogos e canonistas da denominada Idade Média.
Art. 14 – O Direito Natural deve ser completado pelo Direito Positivo, cabendo a este a concretização das máximas gerais daquele, tomando em consideração as circunstâncias de tempo e de espaço e estando plenamente de acordo com a Tradição Integral e o Espírito da Nação.

Capítulo IV: Da Família

Art. 15 – A Família, instituição natural e divina, tendo por fundamento o matrimônio entre pessoas de sexos distintos, é a cellula mater da Sociedade, o primeiro e mais importante dos Grupos Naturais, posto que constitui o nascedouro da vida social e o repositório das mais lídimas tradições pátrias.
Art. 16 – O Estado deve fazer tudo o que for possível para manter a integridade da Família, respeitando a intangibilidade de seus direitos e lastreando sua autonomia com sólidas bases de natureza econômica.
Art. 17 - A fim de que cumpra sua missão natural e histórica, tem a Família o direito:
I - A salário suficiente para atender a suas necessidades morais, intelectuais e materiais básicas;
II – A moradia digna e sã, tanto no aspecto material como no aspecto moral, e que não seja distante de maneira excessiva do local de trabalho;

Capítulo V: Da Propriedade

Art. 18 – A Propriedade Privada é legítima, uma vez que está de acordo com a natureza humana e porque, de maneira geral, tal regime é o que melhor assegura a utilização dos bens materiais e a Liberdade da Pessoa Humana.
Art. 19 – Os bens materiais da Terra estão destinados, antes e acima de tudo, à satisfação das necessidades sociais da Coletividade, de modo que o Direito de Propriedade deve ser exercido de maneira justa, em proveito de todos. Em outras palavras, a Propriedade deve cumprir sua Função Social.
Parágrafo único: A Propriedade que não exercer sua Função Social deverá ser expropriada para fins de Reforma Agrária (caso esteja localizada na zona rural) ou de Reforma Urbana (caso se situe na zona urbana), recebendo seu proprietário indenização justa e prévia.
Art. 20 – Por Reforma Agrária entendemos o conjunto de medidas visando à revisão das relações jurídicas e sócio-econômicas relativas à propriedade e ao trabalho rural, no sentido de uma mais justa e eqüitativa distribuição da terra e da renda, tendo por fim a promoção da Justiça Social, do Progresso e do bem-estar do Homem do campo e o integral, sustentável e harmonioso desenvolvimento econômico e social do País, com a gradual extinção das formas antieconômicas e anti-sociais de exploração da terra, ou seja, do latifúndio e do minifúndio.
Parágrafo único: A Reforma Agrária de que o nosso Brasil carece é uma Reforma Agrária justa, equilibrada, sadia, integral e democrática, sem propósitos ideológicos de qualquer espécie, do mesmo modo que a Reforma Agrária de que não necessitamos é a Reforma Agrária confiscatória, motivada por interesses de natureza ideológica, em proveito de movimentos propagadores de doutrinas estranhas à nossa Tradição e assentadas no ódio, na violência, no terror e na desagregação moral, ética e social.

Capítulo VI: Do Município, da Pátria e da Nação

Art. 21 – De acordo com a Doutrina Integralista, marcadamente municipalista, o Município, cellula mater da Nação, é uma reunião de pessoas livres e de famílias politicamente organizadas, constituindo um Grupo Natural da Sociedade e devendo ser autônomo em tudo aquilo que respeitar a seus peculiares interesses.
Art. 22 – A Pátria, composta dos mortos que a fundaram, dos vivos que a continuam hoje e daqueles que estão por nascer e a continuarão amanhã, é um patrimônio espiritual, uma amplificação da entidade familiar.
Parágrafo único: O Integralismo prega o patriotismo, sentimento espontâneo e decorrente da Lei Natural.
Art. 23 – A Nação é caracterizada por sua Tradição e formada por seus filhos e pelos Grupos Naturais de que estes fazem parte e em que melhor cumprem seus deveres e exercem seus direitos, consistindo em uma entidade inconfundível, um organismo dinâmico dotado de modo de vida, de fórmula sociológica e de missão próprios, decorrentes de seu Passado e Tradição Integral.
§ 1° - O Integralismo sustenta o nacionalismo sadio, construtivo, justo e ponderado, tendente ao Universalismo e entendido como virtude moral que nos impele a amar e defender a Nação e seus superiores interesses, pressupondo não somente o patriotismo mas também o tradicionalismo.
§ 2° - O nosso tradicionalismo não se confunde com o passadismo ou o conservantismo, sendo antes um pressuposto para o verdadeiro Progresso e a verdadeira Renovação.

Capítulo VII: Da questão étnica

Art. 24 – O Integralismo é contrário a toda e qualquer forma de preconceito étnico, considerando que o Ser Humano não deve ser julgado pela cor de sua pele ou por sua etnia, mas sim por seus valores morais, éticos e cívicos e pelo trabalho que exerce em benefício do Bem Comum.
Art. 25 – A Doutrina Integralista considera que as diferentes etnias são diversas mas não adversas, se opondo, portanto, à “luta de raças” que nossa “esquerda” vem tentando implantar no País.

Capítulo IX: Da questão econômica e social

Art. 26 – A Economia deve ser um instrumento a serviço da Pessoa Humana, ao contrário do que tem ocorrido em geral desde pelo menos a chamada Revolução Industrial.
Parágrafo único: Toda a vida econômica da Nação deve estar subordinada ao Bem Comum e ao fim último do Homem, que é o Sumo Bem, isto é, Deus.
Art. 27 – O Integralismo defende o regime da livre iniciativa, que não se confunde com o do livre mercado, devendo o Estado intervir na Economia, em colaboração com a iniciativa privada, de acordo com o Princípio da Subsidiariedade.
§ 1° - O Integralismo prega que a Economia deve ser dirigida no sentido da supremacia do Social sobre o Nacional e do Nacional sobre o Individual.
§ 2º - O Estado deve se contrapor aos interesses dos grandes grupos econômicos e financeiros internacionais que ameaçam a sua Soberania.
Art. 28 – Questão Social é, em sentido estrito, a questão das relações existentes entre o Capital e o Trabalho, notadamente no que tange à situação da classe operária.
§ 1° - A Questão Social só será resolvida pela cooperação de todos, com a adoção de novos processos de regulamentação da indústria e do comércio, de sorte que se evitem os desequilíbrios tão nocivos à estabilidade da Sociedade, e com a socialização e o aprimoramento constante dos Direitos Fundamentais da Pessoa Humana.
§ 2° - O trabalhador deve perceber salário justo e adequado às suas necessidades, ter participação nos resultados de acordo com seu esforço e sua capacidade e tomar parte nas decisões governamentais.
§ 3° - O Integralismo se opõe a luta de classes , defendendo que estas, sendo diversas mas não adversas, podem e devem viver em harmonia.

Capítulo X: Do Estado e da Constituição

Art. 29 – O Estado Integral, síntese nacionalista do Estado Cristão, é o Estado Ético a um só tempo antitotalitário e antiindividualista, que, não constituindo um princípio e nem um fim, mas apenas um meio, um instrumento a serviço da Pessoa Humana e do Bem Comum, está subordinado a Deus e é transcendido pela Ética e movido por um ideal ético.
Art. 30 – O Estado Integral, síntese de uma hierarquia de grupos, existe para proteger o Homem e não para violentá-lo, devendo promover o Progresso e a Renovação com Permanência e realizar a síntese da Civilização Brasileira na Filosofia, na Literatura, no Direito, nas Artes que exprimirão o verdadeiro Espírito Nacional.
Art. 31 – É ao Estado Integral que cumprirá a defesa da Soberania Nacional e a missão de restaurar a grandeza de nossa Nação e de fomentar o seu prestígio no exterior, fazendo com que ela se torne uma Nação efetivamente respeitada no coro das grandes nações, assumindo o papel de liderança que lhe cabe não só na América do Sul, mas também em toda a dita América Latina, no Mundo Lusófono e Hispânico, em todo o Hemisfério Meridional e mesmo em todo o Orbe Terrestre.
Parágrafo único: O Brasil deve lutar pela fundação de três grandes confederações de Estados irmãos unindo moral, cultural, política e economicamente, de maneira respectiva:
I – Todos os países de Língua Portuguesa;
II – Todas as nações da América Hispânica, ressaltando-se que o Brasil é tão hispânico quanto seus vizinhos, da mesma forma que Portugal é tão hispânico quanto a vizinha Espanha, com quem divide o território da Península Hispânica, ou Ibérica;
III – Todo o Mundo Hispânico, composto por todas as Nações de Língua e de Cultura castelhana e portuguesa.
Art. 32 – A Nação Brasileira necessita de uma Constituição que constitua o espelho do País real, do Brasil profundo e autêntico, Brasil das igrejas e demais locais em que elevamos nossas preces a Deus e dos cemitérios em que repousam os nossos antepassados, Brasil de nossas moradas, onde labutamos pelo nosso pão cotidiano e pelo engrandecimento do Bem Comum, isto é, uma Constituição que, ao contrário das demagógicas, abstratas e artificiais constituições burguesas que temos tido e que refletem idéias importadas da Europa e dos Estados Unidos da América, onde, aliás, não são tão menos abstratas e inautênticas do que aqui.
Parágrafo único: A Constituição, que deve, como toda a Ordem Jurídica, emanar da Tradição Integral do Brasil, tem o mister de consagrar todos os direitos concretos do Homem, delimitando da melhor forma possível as competências de cada um dos órgãos e Poderes do Estado, bem como as diferenças entre este e o Governo.

Conclusão

É chegado o momento de, uma vez mais, acordar as forças ocultas que dormem no seio da Grande Pátria e, assim, despertar novamente o Brasil de seu sono e de seu sonho, o reconduzindo às bases morais de sua formação e ao caminho de seu destino histórico.
É chegado o momento de restaurar o Primado do Espírito e a Filosofia Perene e de reconduzir a Ciência Jurídica ao Direito Natural clássico, a Sociedade à Tradição e as relações internacionais ao Universalismo personalista que a chamada Idade Média tão bem realizou.
Devemos ter em mente que de nossa marcha depende não apenas o futuro do Brasil como também o de todo o Mundo e que de nossa marcha depende, ademais, a vitória ou derrota final de nossa Nação.


Secretaria de Doutrina e Estudos da Frente Integralista Brasileira, São Sebastião do Rio de Janeiro, 25 de Janeiro de 2009, no 455º aniversário de São Paulo do Campo de Piratininga.
Anauê!

sábado, dezembro 27, 2008

FÓRUM INTEGRALISTA RIO 2009.

Brasileiros!
Em 2009 serão realizados dois Fóruns no Brasil: O Fórum Social Mundial e o Fórum Integralista Rio 2009. O primeiro - uma reunião onde estrangeiros e Brasileiros apátridas simularão um discurso de dissidência à Globalização, trata-se de oposição consentida ao Capitalismo Financeiro Internacional -, terá ampla cobertura de toda a Imprensa, Nacional e Internacional; o segundo, o Fórum Integralista Rio 2009, não terá qualquer cobertura jornalística, exceto por alguma ocasional notícula, invariavelmente caluniando o Integralismo, como é praxe. Todavia, se o Fórum Integralista não é financiado pelo Banqueirismo Internacional, se o Fórum Integralista não terá a presença de milhares de assalariados de Ongs, se o Fórum Integralista não terá uma linha benévola do Jornalismo, o Fórum Integralista terá em compensação algo muito mais precioso: VOCÊ! Sim, você, Brasileiro Consciente, que não se deixa levar e imbecilizar pelo lenga-lenga "politicamente correto". Você, Brasileiro Inteligente, que pensa com a própria cabeça, não aceitando que os meios de comunicação de massa ditem o que deve ser pensado. Você, Brasileiro Politizado, que crê na Verdadeira Liberdade e que recusa participar dessa pantomima, dessa farsa grotesca, que é a falsa liberdade com que o Liberalismo vem enganando os Povos. Você, Brasileiro Nacionalista, que recusa terminantemente o internacionalismo, seja o de direita (Capitalismo), seja o de esquerda (Marxismo). Sim, com a parcela esclarecida da População Brasileira pode contar o Fórum Integralista Rio 2009, enquanto o Fórum da burguesia podre só poderá dispor dos milhares de empregados das Ongs, mas, que serão exibidos na TV como milhares de participantes ‘voluntários’ vindos de todo o mundo...
Portanto, Brasileiro, seja você Integralista ou não, compareça ao Fórum Integralista Rio 2009, pois, sua participação é fundamental para traçarmos os Rumos de nossa Pátria. Mais uma vez, o Integralismo, reafirma o seu papel de Porta-Voz autêntico do Povo Brasileiro, e todos os que amam a Nação Brasileira não poderão deixar de trazer sua contribuição para a Construção do Brasil Grande que todos sonhamos.
Veja o Vídeo sobre o Fórum Integralista Rio 2009: http://www.integralismo.org.br/novo/?
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Quaisquer dúvidas sobre o Fórum Integralista Rio 2009, escrevam para: rio2009@integralismorio.org
Brasileiro, PARTICIPE!

Pelo Bem do Brasil!
Anauê!
Sérgio de Vasconcellos.