domingo, julho 23, 2017

Brevíssimas considerações sobre Plínio Salgado e o Catolicismo

O nome do insigne Pe. Leonel Franca inscrito em Monumento Integralista no Rio de Janeiro.

Victor Emanuel Vilela Barbuy

Plínio Salgado jamais foi sincretista e panteísta (o que vale para os demais líderes integralistas) e qualquer um que leia sua obra religiosa percebe isso. Aliás, lembro que Plínio Salgado teve sua obra elogiada por grandes príncipes da Igreja e pensadores tomistas da mais alta envergadura e que conheciam profundamente sua obra e seu pensamento. Nenhum movimento cívico-político recebeu tantos elogios de grandes autoridades da Igreja quanto o Integralismo. Assim como lembro que tanto Pio XI quanto Pio XII defenderam a união, no campo político, de católicos e não católicos. Recomendo a leitura das obras “O Integralismo perante a Nação”, de Plínio Salgado, e “Solidarismo e os sistemas fascistas”, de Padre Everardo Guilherme, que trazem inúmeras opiniões favoráveis ao Integralismo de algumas das mais eminentes autoridades católicas d’aquém e d’além mar: Quase todos os bispos e arcebispos do Brasil dos anos 1930, bem como diversos grandes bispos, arcebispos e cardeais europeus e pensadores católicos elogiaram largamente o Integralismo e Plínio Salgado e muitas vezes também recomendaram aos católicos que se filiassem à Ação Integralista Brasileira. A própria revista “La Civiltà Cattolica” e o jornal “Osservatore Romano” publicaram artigos altamente elogiosos a Plínio Salgado e o Integralismo.

Plínio Salgado foi escolhido por príncipes da Igreja de ortodoxia inegável para representar o laicato católico brasileira nas Conversações Católicas de San Sebastián, onde se destacou na defesa da Fé Católica e se tornou amigo do então Pe. Lefebvre, a quem citou mais de uma vez na obra “Direitos e deveres do homem”.

Recomendo o ensaio “Plínio Salgado na Tradição do Brasil”, do grande pensador católico e tomista espanhol Francisco Elías de Tejada: http://www.integralismo.org.br/?cont=912&ox=10

Ressalto que o Integralismo brasileiro é um só e que nada tem de sincretista, pagão e naturalista, e que Plínio Salgado e o Integralismo sempre colocaram a Fé acima da Economia e da Política, tendo Plínio criado o lema “Primeiro, Cristo!”, título, aliás, dum de seus mais importantes livros católicos. E ressalto, ainda, que a posição de Plínio Salgado em relação à União entre a Igreja e o Estado e a liberdade religiosa, que consta da obra “Direitos e deveres do Homem”, se fundamenta na Encíclica “Libertas”, de Leão XIII, e lembro que a editora integralista “Panorama” publicou o “Syllabus” e Plínio Salgado proclamou, em seu excelente prefácio à obra “Pio IX e seu tempo”, de Villefranche, a sua total adesão ao “Syllabus”.

Não há afirmação de politeísmo algum no “A Quarta Humanidade”, que fala apenas do politeísmo, e ressalto que no prefácio de “A Quarta Humanidade” afirma a Fé Cristã, entendida como católica. A tese central de “A Quarta Humanidade” é a mesma da obra “A crise do Mundo Moderno”, do Pe. Leonel Franca. O Estado Integral, nas palavras de Plínio Salgado, “vem de Cristo, inspira-se em Cristo, age por Cristo e vai para Cristo”, obedecendo aos preceitos de Sua Lei, chamada Lei Divina por Santo Tomás de Aquino, assim como aos preceitos da Lei Natural, também denominada Lei Moral.

Plínio Salgado, bem como outros líderes integralistas, deixaram claro, em diversos momentos, que a única Religião Verdadeira é o Catolicismo. Qualquer pessoa sã vê em seus escritos que o Deus dele é o Deus Uno e Trino do Catolicismo.

Por fim, lembro que, na Encíclica “Caritate Christi Compulsi”, Pio XI pregou a união, no campo político, de todos os que creem em Deus, independentemente da religião, e que Action Française, largamente admirada por D. Marcel Lefebvre jamais foi um movimento confessional e, diversamente do Integralismo, cujos mais importantes líderes eram católicos, seus líderes principais eram abertamente agnósticos.