Três baluartes do Integralismo, os Companheiros Marcelo Santos Mendez, Marcelo Afonso Claro e Marcelo Albuquerque Magalhães. |
Manifesto Integralista de 2001
Ao Povo Brasileiro.
A Nação atravessa uma das piores fases de sua
existência. Por toda a parte, vemos o clamor de nosso povo contra a fome, a
miséria, o desemprego e, sobretudo, atos omissos de governantes tangidos pela incompetência,
pela desonestidade e pelo desamor à causa pública.
Em nossos dias, vemos a falta de ética de nossos
políticos, a carência de princípios programáticos dos partidos políticos que se
apresentam como defensores do povo. Diluem-se na desorganização, na ambição egoística
de seus dirigentes, no elitismo, servindo apenas para obstruir nossas
aspirações democráticas que facilmente são trituradas pelo arbítrio. Querem
mudar de regime, como se muda de camisa, tudo ao sabor da floração de crises
que só se justificam no caldo da indisciplina, no clima da desordem, na falta
de respeito pelos valores mais altos da nacionalidade e da justiça social.
O individualismo dos dias atuais alimenta cada vez
mais as estruturas do neocapitalismo desumano e explorador, regendo o
relacionamento de nossa vida social e econômica, acirrando cada vez mais a
violência nas cidades e nos campos e a subordinação dos interesses brasileiros
ao imperialismo e aos banqueiros internacionais.
A encíclica RERUM NOVARUM, lançada em 15 de maio
de 1891, pelo Papa Leão XIII, caiu no esquecimento. Em nosso País, após
1930, inegavelmente muitas conquistas foram introduzidas em nossa legislação
social, sobretudo na área da previdência social, na da organização sindical e
na da instituição da Justiça do Trabalho, graças ao lançamento do Manifesto Integralista
de 1932, oriundo da Ação Integralista Brasileira, fundada em São Paulo, em 07
de outubro de 1932, pelo grande brasileiro Plínio Salgado. Vejamos o que diz o
Capítulo VII do indiscutível Documento, intitulado A QUESTÃO SOCIAL COMO A
CONSIDERA A AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA: A questão social deve ser resolvida
pela cooperação de todos, conforme a justiça e o desejo que cada um nutre de
progredir e melhorar. O direito de propriedade é fundamental para nós,
considerado no seu caráter natural e pessoal. O capitalismo atenta hoje contra
esse direito, baseado, como se acha, no individualismo desenfreado, assinalador
da fisionomia do sistema econômico liberal-democrático. Temos de adotar novos
processos reguladores da produção e do comércio, de modo que o governo possa
evitar os desequilíbrios nocivos à estabilidade social. O comunismo não é uma
solução, porque se baseia nos mesmos princípios fundamentais do capitalismo,
com a agravante de reduzir todos os patrões a um só e escravizar o operariado a
uma minoria de funcionários cruéis, recrutados na burguesia. O comunismo
destrói a personalidade humana para melhor escravizar o homem à coletividade; destrói
a Religião para melhor escravizar o homem aos instintos; destrói a iniciativa
de cada um, mata o estímulo, sacrifica uma humanidade inteira, por um sonho
falsamente científico, que promete realizar o mais breve possível, isto é,
dentro de duzentos anos no mínimo. O que nós desejamos dar ao operário, ao
camponês, ao soldado, ao marinheiro é a possibilidade de subir, conforme a sua
vocação e seus justos desejos. Pretendemos dar meios a todos para que possam
galgar, pelas suas qualidades, pelo trabalho e pela constância, uma posição
cada vez melhor; tanto na sua classe como fora dela e até no governo da Nação. Nós
não ensinamos ao operário a doutrina da covardia, da desilusão, do ódio, da
Renúncia, como o comunismo ou a anarquia; a doutrina da submissão, do ostracismo
inevitável, da conformação com as imposições dos políticos, como a democracia
liberal. Nós ensinamos a doutrina da coragem, da esperança, do amor à Pátria, à
Sociedade, à Vida, no que esta tem de belo e de conquistável, da ambição justa
de progredir, de possuir bens, de elevar-se e de elevar a família.
Tendo de enfrentar, com disparidade de Forças, as
pressões internacionais e sucessivas crises internas decorrentes de sucessões políticas
mal ajustadas às realidades nacionais, sempre baseadas no individualismo e com
partidos sem programas sérios, ficamos propensos a procriar governos
respaldados no arbítrio que sempre se fortalecem na desorganização e no jogo de
interesses egoístico-demagógicos que invariavelmente descambam para o
Radicalismo.
Desde que fomos instados a aceitar os figurinos de
Bretton Woods (conferência feita em 1944 que criou uma política monetária e comercial
entre os Países), vemos nosso País deixar-se dominar por um monetarismo
explorador das classes obreiras que as subjuga ao banqueirismo internacional,
porquanto este sempre procurou entravar o nosso desenvolvimento, com as
inevitáveis imposições recessivas, sugando nossas energias e nosso sangue,
através de juros extorsivos e lesivos à sociedade brasileira.
Temos vivido em função da dívida externa que, a bem
dizer, já foi satisfatoriamente paga. Primeiramente, fomos sugados pelo
imperialismo da Libra esterlina (moeda inglesa); posteriormente, após a 1ª
Guerra Mundial, ficamos sob o domínio do dólar (moeda americana) e, pelo que sentimos
e conhecemos, estamos, ainda, muito longe de nos emancipar desse jugo, imposto
pelos falsos amigos do Hemisfério Norte.
Nestas últimas décadas, nossa submissão ao
imperialismo foi mais que nefasta à soberania nacional, de vez que, para
enfrentar dívidas contraídas para custear o setor de energia e obras de altos
custos (Usinas Nucleares, Transamazônica e outras), fomos forçados a recorrer ao
famigerado F.M.I. (Banco Mundial que empresta dinheiro a países que se dispõem
a adotar políticas econômicas neoliberais) que impôs nas chamadas Cartas de
Intenções as mais nefastas condições para que os banqueiros nos atendessem e
nos cobrissem de juros altíssimos. Esses atos, os brasileiros já conhecem de
sobra, pois redundaram no aumento da recessão, no corte de subsídios a produtos
básicos, no achatamento salarial, no desemprego, na fome e na miséria.
Consequentemente, a miséria e o desemprego
desencadearam no País uma onda de episódios violentos sem igual em nossa
história, principalmente nas grandes cidades brasileiras, como assaltos na via
pública, nos edifícios, nos automóveis, nos coletivos, nas casas, nos bancos e
no comércio. O recrudescimento de greves para a obtenção de melhores salários
acirrou a luta de classes em todos os níveis, atingindo as empresas industriais
do Estado, Universidades e repartições públicas. Por sua vez, a desagregação
moral e social suscitadas pelo desprezo aos valores mais nobres do espírito,
que são os valores éticos, tornaram-se cada vez mais avassaladoras com a
materialização dos costumes. No rádio, na televisão, no cinema, no teatro, o
brasileiro é afrontado com a falta de respeito e abuso de poder. Nesse ambiente
desolador, cria-se uma nova geração.
Desestabilizada a sociedade, o ideal nacionalista
perde o seu ímpeto e sua força. Como consequência de tudo isso vemos, desolados,
os comunistas se apossarem do poder. Assim, aconteceu na Rússia Soviética, durante
a segunda década do Século XX. O poder foi tomado após uma preparação
psicológica.
É justamente no sentido da elevação do espírito
nacional que levantamos a nossa bandeira integralista; uma bandeira que
represente, de Fato e de Direito, também a justiça social.
Eis a razão do porque no início desse Manifesto,
nos reportamos à ENCÍCLICA RERUM NOVARUM, a primeira encíclica social da
Igreja de Cristo que se dirigiu diretamente ao realístico problema da questão social.
Como se sabe, São Tomás de Aquino (1225 - 1274),
desenvolvendo a tese de Aristóteles, estudou a questão da propriedade, pois,
sendo esta inerente à pessoa humana, deve ser usada no sentido do bem comum,
isto é, da sociedade inteira. São Tomás distinguiu o JUS UTENDI do JUS
ABUTENDI, mostrando que o seu mau uso gera a injustiça e os inevitáveis
conflitos sociais.
DEMOCRACIA ORGÂNICA
O Estado Novo, outorgado em 10 de novembro de 1937,
pelo Presidente Getúlio Vargas (1883/1954), estabeleceu no País uma ditadura
férrea unipessoal que redundou na extinção dos partidos e no fechamento do Congresso
Nacional, só reaberto em 1946, com a elaboração de nova Constituição.
Entretanto, a Carta Estadonovista, elaborada pelo do Ministro Francisco Campos (1891/1968),
no seu artigo 38, criou o Conselho de Economia Nacional que tinha entre outras
atribuições a de promover a organização corporativa da vida nacional, já
inscrita na Constituição de 1934, e defendida Ação Integralista Brasileira.
Mas, a verdade manda que se diga: Plínio Salgado (1895/1975) e os integralistas
não concordaram com nada imposto pelo Estado Novo, por se tratar de um novo estado
antidemocrático, ficando, assim, no esquecimento a organização corporativa e
permanecendo no plano social a mesma organização sindical dominada pelo
Ministério do Trabalho da ditadura.
No fundo, o Estado Novo de Vargas nada realizou no
campo das corporações. É que o corporativismo era uma tarefa muito alta e relevante,
para os interesses e totalitários do ditador.
Desde 1946, prosseguiu o mesmo ritmo de governos
sem programas objetivos, baseado em programas unipessoais. É verdade inegável
que o país carece de ordenação institucional, com base numa efetiva funcionalidade
que dê estabilidade política e social à Nação.
E isso, só poderemos conseguir com a implantação de
uma DEMOCRACIA ORGÂNICA que, democraticamente, se constitua com a constituição
de Câmaras Orgânicas, as quais formariam como auxiliares das câmaras políticas
em todos os âmbitos, pois só um regime dessa natureza pode realmente garantir a
realidade política e social objetiva, sem a proliferação de crises que tanto
tumultuam a vida brasileira.
A questão da representatividade poderá ser
viabilizada pelas classes profissionais organizadas e que lutem pelos
interesses inerentes a cada uma delas, elaborando projetos em suas respectivas
câmaras que seriam remetidos às câmaras políticas competentes.
O Integralismo, que agora se reorganiza em todo o
País, lutará pela implantação da Democracia Orgânica, como Regime Corporativo
que será regime aberto ao debate, ao diálogo, não permitindo qualquer tipo de repressão
à livre manifestação do pensamento.
O regime não aceitará a tutela de partido único e
qualquer espécie de ditadura a não ser na sua essência, própria de organização,
de onde tira a sua legitimidade de poder.
O Integralismo, dentro da Democracia Orgânica,
lutará pelo fortalecimento das Forças Armadas, e em qualquer circunstância,
pois será autêntico defensor das liberdades democráticas, rigorosamente investidas
de responsabilidade, dando-lhes todo o aparelhamento técnico indispensável para
o desempenho de sua missão.
O regime corporativo lutará pelo fortalecimento da
instituição familiar, pela autonomia dos municípios, por um estado social, onde
se cultivem o amor, a caridade e o bom relacionamento entre as pessoas.
Finalizando, gostaríamos de dizer que nossa atuação
na Internet se espraia em várias páginas de Núcleos Integralistas, Centros
Culturais e de Companheiros nossos, que muito nos ajudam em nosso apostolado-militância
em prol da divulgação da Doutrina do Sigma que foi
criada por Plínio Salgado. Para dirimir quaisquer dúvidas, publicamos
abaixo os endereços do Movimento Integralista na Internet.
Fazemos isso, pois é necessário que a Opinião
Pública, notadamente os internautas, saiba distinguir as páginas que seguem a Doutrina
Integralista, dos sites apócrifos, farisaicos que tentam deturpar os ideais do
Sigma, ou misturá-los com doutrinas alienígenas (tipo Movimento Careca,
Movimento Nazista, Movimentos Radicais de Extrema-Direita, ou simplesmente
Xenofóbicos).
Sendo assim, você que lê estas linhas, fica atento quando
se deparar na Internet, com páginas que não estejam listadas nas linhas abaixo,
pois com certeza são dissidentes ou então propagadores de modernismos
doutrinários estranhos aos ideais históricos de Plínio Salgado, Gustavo
Barroso, Raimundo Padilha e Miguel Reale (atualmente com 90 anos!).
PÁGINAS DO MOVIMENTO
NACIONALISTA / INTEGRALISTA:
TODAS
AS PÁGINAS LISTADAS NO DOCUMENTO FORAM DESCONTINUADAS, RAZÃO PELA QUAL AS
SUBSTITUÍMOS PELO PORTAL OFICIAL DA FRENTE INTEGRALISTA BRASILEIRA - FIB:
Abaixo,
listamos as Organizações Integralistas e
Nacionalistas, que apoiam e endossam este Manifesto à Nação Brasileira:
CENTRO
CULTURAL PLÍNIO SALGADO – CCPS (SÃO GONÇALO/RJ)
CENTRO
DE ESTUDOS E DEBATES INTEGRALISTAS - CEDI (RIO DE JANEIRO/RJ).
CENTRO
DE ESTUDOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS - CEHP (SANTOS/SP).
CENTRO
DE ESTUDOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS - CEHP /(SÃO PAULO/SP).
CENTRO
DE ESTUDOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS - CEHP (RIBEIRÃO PRETO/SP).
JORNAL
A VOZ DO OESTE (LINS/SP). A/C Jornalista Rufino Leví de Ávila.
JUVENTUDE
NACIONALISTA SEGUIDORES DO SIGMA – JNSS (BARRA DO PIRAÍ/ RJ).
NÚCLEO
INTEGRALISTA DE ATIBAIA / SP.
NÚCLEO
INTEGRALISTA DE BARUERI / SP.
NÚCLEO
INTEGRALISTA DE RIBEIRÃO PRETO / SP.
NÚCLEO
INTEGRALISTA DE MATÃO / SP.
NÚCLEO
INTEGRALISTA DE FOZ DO IGUAÇU / PR.
NÚCLEO
INTEGRALISTA DE CURITIBA / PR.
NÚCLEO
INTEGRALISTA DE SOLEDADE / RS.
NÚCLEO
INTEGRALISTA DE PORTO ALEGRE / RS.
NOTA
IMPORTANTE: Este Manifesto Integralista, conta o expressivo apoio dos Parentes
do Chefe Nacional Plínio Salgado, listados abaixo:
D.
Maria Amélia Salgado Loureiro => Filha do Chefe Nacional.
Dr.
Genésio Pereira Filho => Sobrinho de Plínio Salgado.
D.
Maria Inês Salgado Brito => Sobrinha-neta de Plínio Salgado.
Rio
de Janeiro, 22 de Janeiro de 2001 (106° Aniversário de Plínio Salgado).
CENTRO
DE ESTUDOS E DEBATES INTEGRALISTA – CEDI.
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