quinta-feira, julho 26, 2012

Mensagem aos Companheiros.

Os Companheiros Victor Emanuel Vilela Barbuy e Lucas P. Carvalho, respectivamente, Presidente e Diretor Administrativo Nacional da Frente Integralista Brasileira - FIB.
Lucas P. Carvalho*

Li alguns comentários que indicam uma tendência que não raramente aparece e que é natural. A lógica parece indicar que devamos nos voltar ao foco individual, à própria sobrevivência.

Mas, obedecemos a mandamentos superiores à nossa vontade, portanto evidentemente superiores à nossa motivação. A razão interfere na motivação, portanto na emoção e não há como blindar a mente embora alguns percam tempo com esta possibilidade fictícia.

Observem que no combate longo precisamos ter um revezamento; somente super-heróis seriam capazes de aguentar seguidos turnos sem descanso. Isso não significa que devamos abandonar definitivamente a guerra, mas apenas nos recolher temporariamente para nos alimentarmos e curarmos alguns danos pessoais.

Asseguro-lhes que pior que o sentimento de estar sozinho tentando segurar um ser indestrutível, é o sentimento de estar longe do combate.

A verdade é que o inimigo que enfrentamos é tão grande que em alguns momentos não conseguimos ver que a muitos quilômetros há outros guerreiros lutando contra o mesmo.

Alguém comentou que Plínio Salgado desanimava, mas não é verdade. Em um desses momentos de uma breve fase pessimista, perguntei ao Sr. Gumercindo se o Chefe sempre se manteve animado com o futuro do Brasil e ele respondeu: SEMPRE.

Sei que não preciso escrever as razões de nossa luta, ela está na mente e principalmente nos corações de todos. Movidos apenas pela emoção estão os loucos que nos atrapalham seja por seus chiliques, seja por seus buracos negros da depressão. Movido apenas pela razão ninguém vive, negamos a natureza humana, é o caminho do suicídio muitas vezes de fato.

A única luta válida é a luta por Deus, pela Pátria e pela Família. Não podemos abandonar esta luta pela ausência ou pela presença de um ou outro elemento. Muito menos pela cortesia ou ausência dela em qualquer um dos outros soldados: não estamos aqui para uma confraternização, mas para uma guerra.

Em alguns momentos as circunstâncias forçam um foco individualista, mas este não representará a verdade. Trata-se apenas de um erro do qual muito rapidamente saem os justos companheiros.

A quem vai para o alojamento ou para a enfermaria: vá sabendo que não será capaz de se distanciar muito do fronte - e que precisamos de você!

Anauê!

--------------------------

Mensagem aos covardes (estes creio que não são e nunca serão nossos companheiros):
Façam-nos o favor de atrapalhar os movimentos liberais individualistas ou os comunistas.

* ∑ - São Paulo (SP). Diretor Administrativo Nacional da Frente Integralista Brasileira – FIB.

Reflexões sobre o desânimo de alguns.

Eduardo Ferraz*

O Companheiro que acredita poder mobilizar a população semana que vem, que deseja ver nas pessoas o reconhecimento de sua atitude, que espera as glórias da Vitória no curto prazo, já começou errado.

O desânimo e a constatação de que o trabalho mobiliza poucos são naturais - há muitas forças que agem contra o Idealista, contra o conhecedor da Verdade e defensor das causas justas. Quem não compreendeu que nosso trabalho é um trabalho de resistência - e que antes de qualquer reconhecimento virão inúmeras provações, não compreendeu a magnitude da batalha que assumimos empreender pelo nosso Ideal.

A decepção e a amargura cotidiana nas relações com amigos e familiares são momentos perigosos na vida de um Integralista dedicado, pois, este não deve ser forte apenas para ver a ausência de seguidores, mas, também para ver a deserção de velhos Companheiros. Os que desertam hoje terão no futuro o remorso por não terem sido persistentes e valentes quanto poderiam, quando foram chamados ao trabalho. Quando mais velhos, finalmente compreenderão que VENCER não é uma festa com muitos cerimoniais e aplausos, mas, é ter uma Ideia superior a uma derrota.

A persistência é a atitude do apóstolo. O bom doutrinador persistirá em vencer a amargura e em convencer a si mesmo que está ao lado da Verdade, mesmo que sozinho, já é motivo suficiente para continuar na luta.

O drama de portar Ideias novas, que poucos compreendem, é ter que defender-se continuamente das armadilhas que as ideias falsas promovem. Tudo conspira contra aqueles que trazem Ideias novas e sentimentos nobres. Todos os medíocres se unem para atacar aquele que, trazendo a Revolução, desacomodará os acomodados.

A concepção egocêntrica das coisas, de que tudo deve caminhar a seu favor, não é própria de quem defende as causas nobres. Não sei de que modo alguém consegue mensurar um prazo para o resultado do nosso trabalho. A compreensão de que a vitória moral é nossa deve subordinar as conquistas materiais e não o contrário. Pode ser que sacrifiquemos toda nossa vida na causa e em dez ou quinze anos tenhamos um resultado prático sensacional, mas, pode ser que NUNCA vejamos esse resultado. Pode ser que o fruto do nosso trabalho só seja conhecido pelas futuras gerações. E isso já terá valido muito a pena.

Venda a alma ao diabo, alie-se ao sistema financeiro internacional e você terá uma legião de puxa sacos. Conquistará facilmente todos os seus objetivos materiais, pois, estes estarão subordinados a interesses ocultos. A nossa luta é difícil exatamente porque NUNCA IREMOS NOS ALIAR AO DEMÔNIO PARA CONQUISTAR AS COISAS.

A tendência é nos esforçarmos mais conforme nosso projeto crescer e criar raízes mais sólidas. Estou há sete anos na FIB (o que é muito pouco), já pensei em desistir muitas vezes. Já perdi muita coisa por conta do Integralismo, mas, prevaleceu a convicção na Ideia e a certeza de Vitória. Quando vejo alguns Companheiros com seis meses de trabalho desanimando, minha obrigação é mostrar o quanto são absurdos os motivos para o desânimo.

Vejo no diálogo a possibilidade de resgate dos companheiros que entram nessa "espiral da desilusão" - que quase sempre é motivada por problemas pessoais. Há probabilidade de, por meio do diálogo, a pessoa perceber a confusão.

Chamaremos muitos, atenderão poucos; e cada vez mais a sociedade afunda, estes poucos terão muito mais fraquezas. Todavia, é inadmissível esperar muito em troca de uma vida dedicada ao Integralismo. O reconhecimento se vier um dia, é bônus.

Ninguém permanece no Integralismo contra a própria vontade, porém, para o que conhece a Verdade, não há lugar fora do Integralismo.

Anauê!

*∑ - São Paulo (SP). Secretário Nacional de Expansão e Organização da Frente Integralista Brasileira – FIB.

segunda-feira, julho 23, 2012

Verdades da "direita" e da "esquerda"


Esclarecimento necessário:
Companheiros.
Infelizmente, não é incomum algumas pessoas se aproximarem do Movimento Integralista supondo que somos de direita e mesmo extrema direita, o que constantemente nos obriga a explicações, que geram surpresa e até decepções! Já publicamos aqui no Blog Artigo aclarador sobre a matéria, “Direitas e esquerdas”, de Plínio Salgado,  mas, como esta acusação infundada sempre volta, agora transcrevemos mais uma vez a Palavra do Chefe Nacional, Autoridade inapelável em matéria de Doutrina Integralista.
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!
Sérgio de Vasconcellos.

Verdades da "direita" e da "esquerda"
Plínio Salgado

Em vos falando da verdade, pergunto-vos: existe uma verdade da “direita” e outra da “esquerda”? Onde está a verdade? Como atingirmos a verdade?

Respondo-vos, dizendo que não existe uma verdade da “direita” ou da “esquerda”, porque no sistema do mundo,  na essência do cosmos, não existe nem “esquerda” e nem “direita”, e sim condições de movimentos e processos de expressão de forças eternas, de um modo imutável.

A Verdade está no Absoluto das coisas e nós a atingiremos pela Concepção Integral do Universo.

Eis aí como o nosso Integralismo supera todas as correntes de ideias que costumam evocar, para estabelecer comparações, os poucos versados em nossa doutrina.

Não nos limitamos ao terreno econômico e social, porquanto partimos da esfera filosófica e estabelecemos um sistema de consideração do mundo, segundo o qual subordinamos o nosso pensamento político. Esse sistema não se submete ao ângulo estreito das concepções unilaterais, nem tampouco se restringe ao agnosticismo debilitante da burguesia epicurista ou empírica.

O nosso pensamento tem o sentido expressivo deste século, cujo espírito os pensadores da Europa ainda não apreenderam. Esse  espírito é de Síntese.

SALGADO, Plínio. A Quarta Humanidade. 1. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1934; págs. 90 e 91. A passagem transcrita faz parte da Conferência “No Limiar do Século XX”, proferida originalmente na Faculdade de Direito de Recife (1933) e repetida na Associação Universitária da Bahia e no Teatro José de Alencar, em Fortaleza, e posteriormente enfeixada na Obra “A Quarta Humanidade”. 

domingo, julho 22, 2012

Algumas considerações sobre o Integralismo e a Moral Sexual

Leonardo Simões Matos*

Entre os Integralistas, internamente ao movimento, podemos aconselhar que sigam as orientações de suas respectivas religiões. Como Estado, não poderá o Integralismo atuar invadindo a intimidade de qualquer indivíduo ou família (ainda que em formação). Mas jamais pode ser patrocinador da promiscuidade como têm sido os governos nas últimas décadas! Lucas P. Carvalho - Diretor Administrativo Nacional da FIB.


Dada a polêmica gerada, acho interessante algumas considerações... Lembrando sempre que não sou dono do Integralismo e nem pretendo falar em nome de todo o Movimento Integralista. Todos são Seres Humanos, dotados de livre arbítrio para discordar.

O Integralismo não é uma religião. O Integralismo é uma Filosofia e uma Doutrina Política. O projeto Integralista para a Nação Brasileira NÃO É UM PROJETO RELIGIOSO, mas um projeto filosófico e principalmente político. São nesses campos que devemos ter a atitude que vai inspirar os nossos compatriotas.

No livro "Direitos e Deveres do Homem", Plínio Salgado fala dos direitos da Sociedade Religiosa como grupo natural e não de uma ou outra religião específica.

Mais adiante, ainda no capítulo em que Plínio trata dos direitos da Sociedade Religiosa, aos integralistas católicos ele cita a Encíclica Divini Redemptoris de Pio XI em que aconselha “a união de todos os que crêem em Deus (mesmo não sendo católicos) na luta contra o materialismo do nosso século, o que evidencia o espírito de tolerância da Igreja”(1).

Depois, Plínio cita PIO XII, que em sua Alocação ao Sacro Colégio, continua o pensamento de PIO XI: “Não vacilem (os católicos) em unir esforços com os daqueles que, ainda que estejam fora de suas fileiras encontram-se, todavia, de acordo com A DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA CATÓLICA e estão dispostos a percorrer o caminho traçado por ela, que não é o caminho das perturbações violentas, mas o das experiências provadas e o das enérgicas resoluções”(1).

A DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA CATÓLICA está descrita na encíclica Rerum Novarum. É um documento em que a Igreja descreve como ela acredita que uma sociedade deve se organizar socialmente e politicamente. É um documento de orientação política e não teológica. É nesse documento que o Integralismo se inspirou para construir seu projeto político!

Leiam a encíclica Rerum Novarum e encontrarão a extrema semelhança com o Manifesto de Outubro de 1932. Quando falamos que o Integralismo é inspirado na Igreja Católica, é principalmente disso que estamos falando.

Sobre a castidade antes do casamento, isso é um valor moral religioso cristão com certeza. Mas para o Integralismo de nada adianta o cidadão ser casto antes do casamento, mas oferecer propina a um policial durante uma blitz ou então aceitar vantagens em função de um cargo que ocupe.

É bem verdade que a busca desenfreada pelo prazer, a promiscuidade, é identificada por Plínio Salgado como uma manifestação do Espírito Burguês materialista no livro "O Espírito da Burguesia". Ele escreve: “Os burgueses entregam-se à luxúria, possuem várias concubinas além da esposa legítima, não se respeitam reciprocamente quando tratam de conquistar recíprocas mulheres”(2).

Nesse ponto, falando politicamente e não religiosamente, acredito que cabe a reflexão: É fato que o Integralismo combate os valores materialistas. No entanto onde estão realmente os valores materialistas burgueses? Simplesmente na prática do sexo antes do casamento ou na banalização do sexo, da promiscuidade e da busca descontrolada pelos prazeres, seja antes ou depois do casamento?

Um casal jovem, fiel, com intenções reais e sérias de formar uma família, que pratica o sexo antes de oficializar sua união pode ser condenado pelo Integralismo (como movimento político), sob o ponto de vista filosófico e político?

Ao invés de fazer a distribuição em larga escala de preservativos, incentivando tacitamente a promiscuidade, é mais responsável o Estado Integral promover campanhas e ações fortes sobre:
- as terríveis consequências que as DSTs trazem ao organismo e ao estado psicológico do indivíduo.
- as vantagens sociais, psicológicas e físicas da monogamia.

Nesse caso sou da opinião que, sendo uma doutrina filosófica e política, não cabe Integralismo fazer o juízo de valor sobre a castidade de um cidadão antes do casamento oficializado. Não cabe ao Movimento Integralista proibir ou liberar o ato sexual antes do casamento. O Integralismo deve sim condenar a PROMISCUIDADE DESENFREADA e irresponsável, seja antes ou depois do casamento, pois ai reside realmente o valor materialista burguês que o Integralismo combate.
  
NOTAS:
1) SALGADO, Plínio. Direitos e Deveres do Homem. 2ª ed. In Obras Completas. 2ª ed., vol. V. São Paulo: Editora das Américas, 1957, pp. 316-317.
2) SALGADO, Plínio. Espírito da Burguesia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Clássica Brasileira, 1951, p. 17.

*∑. São Paulo – SP. Administrador dos Blogs Sigma Integralista e Resposta da Atlântida.