sábado, março 01, 2008

NACIONALISTAS

Nacionalistas

Cleiton de Oliveira*
Negar o Integralismo como expressão coerente do nacionalismo brasileiro é negar a maior expressão do nacionalismo em terras americanas, e talvez do mundo, pois até o momento não consegui identificar uma filosofia política/cultural mais completa e coerente que o Integralismo.
Nosso passado pode ter sido complexo, mas não podemos considerá-lo como sendo marcado pelo fracasso e nem como perverso, pois se assim fosse não teríamos motivos para nos orgulhar de nossa nacionalidade e de nosso passado histórico; e aí cairia por terra toda e qualquer identidade na qual o nacionalismo se apega como fator de coesão, e a história do Brasil não seria a geradora de nossa consciência de Nação. Neste ponto recomendo a leitura de dois livros básicos de Plínio Salgado: “Como Nasceram as Cidades do Brasil” e “Geografia Sentimental”.
O Integralismo de Plínio Salgado, de Gustavo Barroso, de Miguel Reale, de Tasso da Silveira, de Olympio Mourão Filho, de Victor Pujol, de J. Venceslau Junior, de Olbiano de Mello, e de tantos outros teóricos, é a maior expressão de nacionalismo, por conter preceitos universais válidos em todas as Eras humanas. Mas, não podemos nos privar de estar com um olho muito aberto vertido para o passado e o outro vertido para o futuro, e a consciência atenta para a contemporaneidade.
Somente mais duas notas de Alberto Torres, que deveria ser mais consultado: “A autonomia de um povo nasce em sua consciência: a raiz da personalidade é a mesma, no homem e na sociedade. Ter consciência significa, em seu mais alto grau, possuir, com os poderes de sensações e de percepção, o de formar juízos: juízos concretos, sobre as coisas; juízos abstratos, sobre as idéias. Juízos morais, sobre os sentimentos, que são como a faculdade superior do afeto. O sentimento é a razão da natureza emocional. O postulado de Sócrates: ‘a virtude é a sabedoria’, contém o germe desta verdade psicológica. A base da mais alta virtude humana está na sabedoria da coragem, da moderação e da prudência, externada na conduta, com o equilíbrio indefectível da ‘eudemonia’...” (TORRES, Alberto, O Problema Nacional Brasileiro, Ed. Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1978, 2ª ed. p. 47).
E outro texto de Torres, que é fonte de inspiração: “Bem mais próxima de meu pensamento é esta bela observação de Bergson de que a vida sendo a mobilidade, o amor maternal “observável até na solicitude da planta pela sua semente”, ”nos mostra cada geração inclinada sobre a que a seguirá”. A determinação da vida em criar a vida e a do passado e do presente em produzir o futuro são justamente duas idéias capitais de meu pensamento” (TORRES, Alberto, O Problema Mundial, Ed. Digital e-Book Brasil, 2000, www.eBooksBrasil.com, p. 16).
* Σ – Historiador – Goiânia – GO.

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